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Talento é para os fracos.

Talento é para os fracos.
Marianna Greca
out. 5 - 3 min de leitura
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Manter-se no mercado de trabalho é uma tarefa tão desafiadora quanto ingressar nele, não é? Descubra qual é a verdadeira skill necessária para essa sobrevivência e como você pode desenvolvê-la.

 

Às vezes eu me pego pensando nessa dorzinha crônica no estômago (gastrite, oi?) que essa competitividade do mercado de trabalho, em qualquer área, causa na gente. É uma ansiedade que nos deixa muitas vezes inquieto e sempre, em algum nível, infelizes.

Nunca somos suficientemente bons, e em raros casos estamos “bem”, estáveis, salvos. E se estamos: até quando? Sempre falta aquele skill, contato, uma especialidade, aquela  experiência prévia. E a gente, como bons profissionais, dá a largada e corre atrás todos os dias.

E dá-lhe curso online, pós-graduação, curso de extensão, livro técnico, pdf, cafézinho com a referência da área, etc, etc.

Charles Darwin, em A Origem das Espécies, já diria que os seres vivos estão adequados ou não, nascem com as características necessárias para a sobrevivência ou não.

De certa maneira, ou você nasceu talhado para exercer aquela função ou pode esquecer. São características inatas e aleatoriamente presentes nos seres. São inerentes aos indivíduos.

Para resumir, não podem ser adquiridas.

Segundo essa lógica, então pra que ler tanto PDF, Jesus? Não seria mais fácil assumir a inevitável derrota e nos resignar à situação em que estamos? Provavelmente.

Mas sabe o que eu acho?

Que a gente tem que ralar todo dia para conquistar o que é nosso. O que é inerente a nós. O que faz parte da nossa natureza individual.

Também acredito ser verdade que levamos anos, quem sabe décadas, para realizar todo o nosso potencial.

Porque mesmo que o mercado naturalmente nos selecione conforme aquelas habilidades que nos são naturais - sob o termo “perfil” -, elas podem e devem ser potencializadas pela nossa ação. É tudo uma questão de escolha e estratégia. E isso sim tem a ver com competências aprendidas.

Em outras palavras, sendo humano e capaz de me adequar ao meio, depende só de mim.

Ser quem a gente é dá trabalho. E tem que dar trabalho. Aquela insatisfação crônica, essa ansiedade que faz revirar as nossas vísceras e correr atrás o tempo todo, é a condição pra gente fazer aparecer, com muito trabalho aquelas características que, lá no fundo, já nos eram inerentes.

Falo daquilo que é nosso, e que exige que cumpramos alguns critérios de experiência, maturidade e até um certa quilometragem de vida para ser habilitado, destravado, “enabled”.

Como disse Paulo Leminski: “isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é ainda vai nos levar além”.

E tudo isso, na natureza ou nessa selva que é o mercado de trabalho, pode ser resumido à lei que o Charles Darwin já ficou rouco de tanto nos ensinar. Ou seja, lemos tantos PDFs, fazemos tantos cursos e desafiamos tanto as adversidades porque, no final das contas, o principal skill para a sobrevivência é uma fórmula muito universal e nada mágica: a simples busca pela adaptação.


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