A transformação profissional é um direito de todos: até de quem já chegou longe. Não acredita? Então você não pode perder as lições do Henrique sobre mudanças, decisões e descobertas fantásticas! ;)
Nesses últimos 9 anos de formação em Publicidade e Propaganda posso dizer que sou bem engajado na minha área.
Minha especialidade em anúncios em Google e marketing contribuíram não só para grandes empresas se desenvolverem (como Porto Seguro, Buscapé, Rentcars, Uninter e outras tantas outras marcas), mas também para meu crescimento pessoal.
As conferências anuais de Especialistas de Produto do Google me permitiram conhecer alguns países e pessoas incríveis.
Para me manter sempre afiado no mercado, costumo fazer trabalhos freelancer com pequenas empresas em alguns segmentos de interesse, geralmente varejo, para não perder o tato com esse segmento tão agressivo e que estimula tanto a competição (e habilidade) dos profissionais.
É um erro comum qualquer profissional se acomodar no que faz e morrer culpando as mudanças como um grande vilão ao invés de assumir a responsabilidade pela própria derrota. Mas ninguém tem vontade de ferro perpétua, não há vergonha em admitir que esteja cansado do que faz. A vergonha está apenas em não querer acompanhar a mudança.
O conceito e aplicação de marketing é limitado em identificar as necessidades do mercado e ofertar o seu produto ou serviço da melhor forma a corresponder essa necessidade.
Obviamente não é um trabalho fácil (na verdade é difícil pra burro em vários casos), mas se limita à repetição desse conceito em todo mercado que se atua.
Além da árdua tarefa de desmentir uma infinidade de gurus marketeiros que tentam vender uma releitura de algum resumo traduzido de um texto de segunda mão. Sério, se você trabalha com marketing aprende inglês e pesquise direto na fonte. Só no tempo de alguém traduzir um texto você já ficou desatualizado e sujeito à interpretação do tradutor.
De qualquer forma, essa repetição de trabalho começou a ficar exaustiva. Olhando para o mercado, o que mais despertou meu interesse é o tempo até os carros elétricos chegarem no Brasil com força.
Com essa chegada vem a necessidade de fabricação e reparos de motores, baterias, abastecimento, novos recursos integrados e tantos outros serviços derivados. Talvez uns 5 ou 10 anos até essa chegada.
E nesse tempo pretendo estar adaptado à mudança - afinal tem que se preparar para oferecer o que o mercado quer, inclusive você como o produto.
Escolhi cursar engenharia elétrica para ficar pronto para essas mudanças. Poderia ter escolhido qualquer outro curso, como BI, mas me pareceu atraente ter uma profissão com potencial prático e científico. Se tudo der errado eu termino como engenheiro. Ou como um estudante falido.
O mercado publicitário carece de lógica e se tornou relativista demais, ele precisa de pessoas mais criteriosas e com pensamento crítico. Pensamento prático alinhado à entrega de valor. A alternativa que encontrei é tentar alinhar o estudo da engenharia com o mercado.
Além de que um novo campo de estudo dá uma grande possibilidade de crescimento pessoal, podendo atuar não só no mercado, mas no estudo de todas as forças que regem o universo (*risada maléfica*).
Mudar é preciso, porém toda mudança precisa de um propósito. Começar um curso novo não é uma tarefa fácil, mas nenhum conhecimento é desperdiçado. E também não precisa abandonar tudo o que fez na vida, sempre é possível mesclar duas áreas - desde que o resultado seja algo útil.
É preciso ter em mente que toda mudança gera fricção, até uma camisa nova pinica na gola ou um calçado novo pega no dedinho - depois que a fase de adaptação passa, só sobram os benefícios. Não vale a pena comprar uma camisa que vai pinicar só porque está passando por uma fase difícil. Também não vale a pena mudar de profissão só porque se desencantou.
Mude para seguir um objetivo. Mude porque tem interesse genuíno em algo novo. Mude porque você não é uma planta enraizada, mas porque pode escolher onde parar.