Uma campanha bonita do Itaú convida adultos a lerem para crianças.
Histórias que embelezam o desenvolvimento infantil com imaginação farta e o fortalecimento do elo das relações afetivas…
Outra empresa inspiradora é a Natura, que tem uma linha de hidratantes que amacia até a alma.
Dependendo do ângulo em que lemos a linha SOU, podemos enxergar a palavra NÓS, lembrando que nunca estamos sós…
Não acho que seja ‘piração’ minha, mas mesmo que fosse, vale à pena imaginar que a logomarca tenha sido desenvolvida com esse propósito, de conexão.
Outro filme publicitário que mexeu com meu coraçãozinho materno foi a do leite Ninho, onde mães incentivavam seus filhos a serem diferentes e que, amparados pelo amor materno, conquistam sua maior expressão.
A publicidade mudou a linguagem e vem trabalhando a emoção de uma maneira tão delicada que descobriu uma nova fórmula para temperar vínculos entre empresas, marcas e consumidores ao misturar intenção com identidade de público, o que inevitavelmente reforça e fideliza consumo.
O que percebo na tendência de venda também pode ser nitidamente reparada na forma em que nos relacionamos com os outros.
Se fôssemos produto, quanto estaríamos inspirando alguém por meio dos nossos gestos? Qual o diferencial que nos motiva a ser melhores e a confiar na intuição e impulsos?
Existem pessoas que nos copiam ou gostariam de ser como nós?
Minha resposta para tudo isso é afirmativa e está nos talentos. Todos temos algum. Às vezes pode até estar um pouco escondido, mas sem dúvida alguma vale a pena cavocar no autoconhecimento e deixar aflorar… porque é ele que diferencia você.
Uma bela válvula de escape para sentimentos é a arte. Ela tem o poder de nos conectar com o divino.
Por isso que uma obra de arte, seja ela escrita, falada, vista, tocada, ouvida, sentida ou degustada, aguça a emoção e toca o sino do sagrado dom de fazer algo incrível, além do entendimento humano.
É como se pudéssemos tocar o céu por alguns instantes.
Experimentei isso nesta semana.
Resolvi rabiscar numa folha em branco com lápis comum. Esbocei situações rotineiras da minha família em forma de desenho.
Busquei a caixa de lápis de cor e comecei a colorir. Fui me envolvendo naquela brincadeira quase infantil…
Até que enchi os olhos ao me dar conta da tamanha capacidade de amor que estava guardada num dom que eu já nem dava mais voz.
Era a Semana da Família na escola da minha filha, de 2 anos e 9 meses, e tínhamos, como sugestão pedagógica, contornar nossas mãos em uma folha de papel para a atividade solicitada.
Mas orgulhosamente exibida, transformei o que era para ser um rabisco colorido em momentos deliciosamente desenhados, para que ela pudesse contar o que gostamos de fazer juntos e lembrar no futuro do quanto fomos felizes.
Se ela arrasou? Sem sombra de dúvidas!
Compartilhou histórias de amor valorizando os pais e integrando os ambientes mais importantes nesta fase da vida dela: casa e escola. Independentemente se você sabe ou não se expressar desta maneira, encontre uma que marque positivamente sua vida e a do seu filho.
Demonstrar amor é algo que muda o mundo de alguém! Deixar símbolos, como desenhos, são experiências marcantes. Servem de bússola na construção dos nossos sonhos.
O que espero com isso? Ajudar minha filha (e toda geração de pais e filhos) a ser diferente, para que integre um time de únicos capazes de transformar essa experiência solidificada, a cada dia, em boas e inesquecíveis lições.
Claudia Queiroz é jornalista.
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