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Inovar com empatia, uma reflexão.

Inovar com empatia, uma reflexão.
Rosana Lagares Oliveira
mai. 16 - 5 min de leitura
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Ao longo do curso, houve um despertar, uma reflexão, principalmente na etapa final onde debrucei-me na questão do design thinking, a possibilidade de mergulhar em diversar áreas, de emergir com um conhecimento de cada uma delas, passamos pela tecnologia, pela ciência humana e exata,  na psicanalise descobrindo ou tentando descobrir sobre o que o outro quer, e podendo nos levar ao que achamos que é melhor para o outro, o funcional, o prático, caindo no equivoco ou no acerto!

Criar algo, pode ser até uma ideia obsoleta no momento em que vivemos, a roda não para de girar, o tempo não para de seguir. Temos tantos recursos, tantas projeções, inclusive algo bem à frente para que possa contribuir para a sua melhora, transformar!

A humanidade sempre busca a ascensão no conceito de inovação, com ideias que buscam ser extraordinárias, únicas, no caso por exemplo, de influencers digitais, no qual a plataforma que se utilizam seu trabalho é produzir conteúdo inovador, no entanto a psique uma humana tende á um padrão, como no caso da moda, pode-se pensar na evolução da moda, suas tendências, chegou em um momento que não há no caso “o novo”, um tendência jamais vista, como no caso quando foi lançado a minissaia , o quão chocante foi para comunidades mais conservadoras entre outros, é o mesmo caso das ideais, na atualidade há tanto conteúdo criado dentro dessas plataformas digitais, que acaba sendo até visto muitas vezes por outros influencers sem ser, no caso, a pessoa pioneira do trend. Todos esses exemplos podem ser muitos bem comparados com as relações fora do mundo da moda ou do mundo digital, as pessoas tem ideias todos os dias, como já citou Bauman “ Na era da informação a invisibilidade é equivalente á morte”, no caso as ideias são um conjunto de dados (informações), as pessoas não querem ser invisíveis, mas e no caso daquelas que já são? Que dentro dessa macro universo de ideais inovadoras, há de fato um grupo de pessoas que não são contemplados, pois nem todas as propostas atendem as necessidades desse determinado grupo, como no caso das plataformas digitais, sempre procurando haver propostas interessantes, no entanto não são todas as pessoas que tem acesso a internet, e no caso tendo uma visão ampla do mundo não ter internet é um dos menores dos males, pois tem pessoas que não tem acesso a água potável.

Haja vista também o conceito de ideia interpretado por muitos é de matéria, sendo impregnado a partir da década de 90 em diante, como no caso dos aparelhos celulares, a cada ano que passa há um novo lançamento de uma determinada marca trazendo algo “jamais visto”, o que é feito com os celulares lançados nos anos anteriores? Engavetados, ou descartados, o consumismo fez das inovações “um produto”, na nossa sociedade não somos educados, incentivados com mais frequência com a ideia de sustentabilidade ou de reciclagem, logo se já com a própria materialidade não somos incentivados a utiliza-las sempre que possível, porque então “reciclar” as ideias, não é mesmo? Errado! Temos um acumulo desproporcional de materiais, que até mesmo o nosso planeta vem sentindo esse impacto, passou da hora de direcionarmos nossos insights, não para inovar no sentido capitalista da questão, mas no sentido comunitário, empático.

A maneira como podemos alcançar esse objetivo é começando com questionamentos simples, voltando para um olhar mais humano, praticar algo que é inato de todo a humanidade, consciência, de acordo com Kant, temos a vontade que é um órgão legislador dentro de nós, procurando agir de uma maneira comunitária, não buscando pensar que tal ideia poderia trazer lucro, ou benefícios pessoais, mas sim em prol do mutualismo, agindo dessa maneira que é voltado para as necessidades humanas, tornar aquilo já criado, algo melhor que possa atender as comunidades “invisíveis”, seria o primeiro passo para uma inovação empática.

Pensamos em produtos, mas porque não compartilharmos as ideias, não somente sobre as coisas que nós fizemos, mas também uma ideia que ajude a inovar, por que não doar? Por que não sentir e ouvir verdadeiramente as diversas necessidades que são apresentadas? Perguntar para os interessados, o que você faria? Vamos fazer juntos?

Muita coisa muda, exceto a mudança, estamos vivendo algo que não imaginávamos, uma pandemia que fez tudo parar, mas há a insistência do não querer parar, porque vida é movimento! Isso para poucos, estamos há muito tempo inertes, no excesso de consumo, deixamos as coisas simples para trás, inovar também pode ser criar consciência!

Diante de toda diversidade de desejos, há muito espaço para inovarmos, mas proponho aqui uma inovação:

Que tal nos inovarmos enquanto estamos aqui e agora, que tal olharmos para nós afim de enxergar o outro e não o desejo do outro, tudo que fazemos não é para nós?


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