Tive como experiência de formação, uma vivência ampla em administração. Ampla não no sentido de tempo, mas de atuação. A tal ponto que, estar submetido a empresa e suas conformidades e estratégias não me parecia fazer sentido. Na ocasião, atuava no cenário comercial, também de auditorias, contratos, revisões de procedimentos, due dilligence, compliance e mais. Acredito imensamente na postura de melhorar, cada dia, um pouquinho mais. É percebido, estamos em um momento de muitas fragilidades e esta suposta cobrança em ser produtivo, ágil, ativo parece diminuir os esforços de outros que não tem esse ímpeto. Mas eu tendo a discordar.
Naquela época, a ambição circundava galgar de novos patamares, de melhoria de meu processo de trabalho, de dinâmicas e relacionamentos que construíssem possibilidades distintas, para que, os esforços empregados ali fizessem um sentido outro que não uma repetição de tarefas. Os mais engajados e interessados apreciavam esta postura, os confortáveis não.
Há uma certa contradição nessa noção de conforto. Ele não existe. Porque, na acomodação de nossos corpos, mentes e do nosso ser em um local estático não estamos de forma "confortável" ou seja, em comodidade física, estamos atrofiando. Atrofiando nossa potencia, e de maneira nenhuma isso significa uma gana incessante, mas uma vontade de fazer mais com o que está disponível. Não há um desejo por acúmulos, mas uma vontade imensa de fazer mais com tudo o que está a disposição. Está no desconforto do crescimento, um processo fundamental do exercício de ser humano.
Em diversos momentos do curso, me ocorreram insights, anotações. Alguns não, e tudo bem. Mas este é um, e compartilho aqui, porque, além de formado em administração, me consideram artista, e assim o sou também por propósito e por forma, já que me formo hoje em Musicoterapia.
Dizer que aprendendo
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Quem sofre, continuando a busca no outro...
Teu único achado é um olhar, ou um não olhar
Esse olhar por trás de uma máscara não é de agora
Esse olhar que flerta, te julga ou te ignora
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Um (re)encontro em um largo desviar de trajetos
Quais vistas TENS Agora?
Que noção cultiva desse plano perpétuo?
Que hora? Quem ora?
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Sem saber lidar com o ambiente confinado...
O corpo atrofia
A mente sempre buscou por mais
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Mas quem vive tem que entender
que um nasce pra sofrer
podendo aprender
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Hyq
14/05/2020
Meu intento, se é que há algo meu neste processo, é que nessa dificuldade de se ler ou da facilidade aparente de se escrever, tenham pequenas provocações. Um estado de sublime que beire o incompreensível mais familiar quanto possível.
Que isso tudo se traduza em realizações, em serviço à progressos, de ser humano.