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Como cheguei ao Prêmio Empreendedora Curitibana: dicas para você atingir seus objetivos

Como cheguei ao Prêmio Empreendedora Curitibana: dicas para você atingir seus objetivos
Danielle Fausto
mar. 8 - 9 min de leitura
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Vamos falar de empreendedorismo? Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, a vencedora do Prêmio Empreendedora Curitibana, a empresária Dani Fausto dá dicas imperdíveis sobre como conquistar o prêmio. ;)

“Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?

Parafraseio um dos questionamentos mais famosos que conheço, para tentar explicar um pouco sobre como o empreendedorismo entrou na minha vida e como conquistei o primeiro lugar do Prêmio Empreendedora Curitibana na categoria MEI em 2017.

Entender a ordem de quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha, é quase a mesma dúvida que tenho de quando o empreendedorismo entrou na minha vida.  Às vezes acho que já nasci com ele.

Desde pequena tenho alguns exemplos empreendedores na minha história e ao longo da minha jornada profissional pratiquei o intraempreendedorismo em quase todas as minhas experiências.

Diante desse contexto foi em 2013 que decidi abrir oficialmente meu CNPJ. Na época eu era funcionária de uma empresa como CLT durante o dia e nos períodos livres me dedicava para o meu negócio de Coaching e Desenvolvimento Humano.

Alguns meses depois que oficializei minha empresa, fui convidada a intraempreender em um projeto de coaching para líderes como funcionária.

O projeto deu tão certo que eu comecei a pilotar serviços a partir dessa experiência para comercializar também na minha empresa. Em 2015 fui premiada internamente pela empresa pelos resultados que esse projeto havia trazido para a organização.

Foi aí que eu tive meu primeiro despertar sobre minha jornada empreendedora:

“Ser premiada por um projeto , me fez entender que o meu negócio era muito mais que a venda de um serviço, mas sim um conjunto de processos que precisavam andar em sincronicidade, para que minha empresa pudesse crescer”.

No mesmo ano de 2015 andando pela nossa cidade, vi um anúncio sobre a primeira edição do Prêmio Empreendedora Curitibana.

A cada semana que passava eu encontrava um anúncio em um ponto diferente da cidade me convidando para aplicar nesse processo. Decidi participar e me dediquei a cada etapa, principalmente na inscrição.

A primeira etapa foi surpreendente e cheia de reflexões. Percebi que mesmo eu tendo formação acadêmica em Administração de Empresas eu não conseguia aplicar a teoria do plano de negócios e os processos de gestão,  na minha própria empresa.

Mesmo assim participei de todas as etapas, inclusive lembro-me muito bem da fala da Gina Paladino, na época atual responsável pelo prêmio, quando desafiou as mulheres participantes de que poderíamos ir muito mais além com nossos negócios, fazendo uma analogia de que os negócios femininos possuem potencial de crescimento para superar um Bonsai Japonês.

Fui vencendo cada etapa até que cheguei na semifinal, onde recebi a visita técnica da banca avaliadora. Foi aí que recebi um feedback forte, pesado que demorou alguns dias ou até mesmo semanas para ser digerido.

Como na época eu ainda trabalhava como CLT em uma empresa, um dos avaliadores me perguntou: Quanto tempo você dedica de fato ao seu negócio? Quando você vai decidir empreender de verdade?

Foi como um “soco no estômago”.

Naquele momento eu fiquei com tanta raiva , por não ter o reconhecimento dos avaliadores  sobre o meu esforço e dedicação nesses 2 anos de empreendedorismo, que não consegui entender as entrelinhas do feedback.

De fato em 2015 eu não ganhei o prêmio empreendedora Curitibana, mas ganhei o feedback mais valioso da minha jornada que me fez ter a coragem necessária para decidir viver 100% do empreendedorismo.

Demorou alguns meses para eu digerir o feedback e chegar a essa conclusão. Mas de fato compreendi que “meu negócio” só seria verdadeiramente  um negócio quando eu decidisse me dedicar 100% para ele.

Foi aí que em 2016, pedi a conta da empresa que eu trabalhava e me joguei na vida empreendedora.

Decidi investir em todos os pontos de desenvolvimento que eu havia identificado no preenchimento da aplicação do prêmio.

“Afinal fazer o processo de inscrição para participar do Prêmio Empreendedora Curitibana, é um processo profundo e cheio de descobertas sobre o empreendedorismo e sobre si mesma”.

Ainda em 2016, participei de outro processo seletivo para desenvolvimento de empreendedores, só que dessa vez nos Estados Unidos. Decidi ir atrás de conhecimento e mais do que isso melhores práticas empreendedoras.

Fui selecionada para compor um grupo de aproximadamente 250 jovens empreendedores da América Latina e do Caribe, onde apenas 20 eram brasileiros e apenas eu do Estado do Paraná.

O programa YLAI ( Young Leaders of the Americas Initiative) estava em sua primeira edição, e lá tive meu negócio mentorado, aprendi de forma mais efetiva sobre como fazer negócios, alavancar oportunidades, criar e ampliar minha rede de relacionamentos.

Fiz meu primeiro Pitch de negócios da vida e já comecei cheia de desafios tendo que realizá-lo em inglês.

Quando voltei ao Brasil, fui buscar o conhecimento técnico que me faltava  principalmente sobre a parte de prospecção, vendas e mídias digitais.

Me envolvi diretamente com os eventos empreendedores das cidade, estreitei meu networking local e arregacei as mangas para mostrar para mim mesma que eu estava empreendendo de verdade.

Foram períodos desafiadores e de muito investimento. Investimento de tempo, energia e de muita persistência.

Logo no início de 2017 para a minha surpresa a segunda edição do prêmio empreendedora Curitibana estava aberta.

Olhei o processo seletivo e hesitei. Parecia que ainda eu não estava pronta para aplicar novamente. Dessa vez, foram outras mulheres que me apoiaram e seguraram na minha mão e me incentivaram a me inscrever novamente.

Refleti bastante e lembrei da quantidade de aprendizados que eu havia adquirido e o quanto eu havia crescido por ter participado da primeira edição, então lá estava eu aplicando novamente.

Talvez você esteja se perguntando. O  que de fato fez a diferença para eu conquistar o primeiro lugar do Prêmio Empreendedora Curitibana na categoria MEI em 2017?  Por isso separei três grandes aprendizados e dicas:

  1. Sentir orgulho ao contar a sua própria história

Aprendi ao longo desses anos que sim, devemos contar nossa história e feitos com muito orgulho.

“Assumir a responsabilidade pelas conquistas e evoluções pode fazer a diferença na forma como as pessoas te reconhecem”.

Muitas vezes em processos seletivos achamos que não somos merecedoras, que o que fazemos todo mundo faz e desta forma não damos valor para nós mesmas. Sabe a síndrome da impostora que assola um monte de mulheres por aí?

Então, quando de fato eu senti que eu era sim uma empreendedora de sucesso, quando de fato eu assumi meu papel e minha identidade comecei a contar minha história com mais orgulho e propriedade, o que fez a diferença para que eu também fosse reconhecida pelos outros da mesma forma.

O que para você é uma pequena conquista ou algo comum, pode ser inspirador para outras pessoas! Lembre-se disso.

2. Ser consistente, confiante e persistente

Mesmo com todas as dúvidas e medos de me jogar no empreendedorismo de cabeça eu continuei trabalhando para meu negócio. De forma tímida em alguns momentos,  mas sempre mantendo a consistência das minhas ações.

Persistir de forma consistente permitiu ao longo desses anos que meu negócio ultrapassasse o limite de um bonsai. Além disso passar pelo processo de aplicação do prêmio pela segunda vez e e ter o apoio de outras mulheres no processo, aumentou minha confiança como empreendedora.

3. Compreender que o processo vale mais que o Prêmio 

Depois que compreendi que o processo do Prêmio Empreendedora Curitibana era muito mais valioso que o próprio reconhecimento em si, minha postura diante de cada etapa foi muito mais pró ativa e enriquecedora.

Ter recebido um feedback difícil na primeira edição e ter enxergado os meus pontos de melhoria ao invés de me colocar em uma postura negativa e depreciativa foram cruciais para eu entender que o valor maior está no crescimento que o processo traz e que o reconhecimento é apenas a consequência da prática do aprendizado adquirido.  

Esse é um pedacinho da minha história empreendedora, nem preciso dizer que os aprendizados e a aplicação do conhecimento teórico me acompanham a cada ano que passa.

Hoje dois anos depois de conquistar o prêmio,  os desafios são maiores, as responsabilidades triplicaram e a alegria da jornada empreendedora continua transbordando por aqui.

Meu convite às mulheres empreendedoras de Curitiba é que permitam-se participar desse processo transformador e orgulhem-se ao contar suas  histórias empreendedoras, pois com certeza elas trarão a inspiração que outras mulheres precisam para iniciar ou continuar essa jornada!


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